A exportação de óleo de soja deve bater novo recorde nacional
A exportação de óleo de soja foi significativamente aumentada, pois em janeiro deste ano a Índia comprou 20 % a mais de óleo de soja do Brasil. O país asiático não conseguiu comprar de seus fornecedores habituais o óleo de girassol, proveniente da Europa, que era preferencial para ele devido à sua localização geográfica. Dessa forma decidiu fazer a compra no Brasil.
Isso resultou em um aumento nas exportações do produto para o ano no Brasil. Mas a Abiove mantém sua estimativa de recorde no processamento de soja para 2022.
A Índia é o maior importador do óleo de girassol e com a dificuldade de importar de outros países, resolveu comprar aqui o óleo de soja. Os dados do governo indiano também mostram que os produtos de palma são escassos na Indonesia.
Essa nova demanda por processamento de soja afetará as exportações brasileiras do grãos in natura.
Porém, nesta semana, foram divulgados dados que mostraram ótimos resultados para o produto. As exportações de óleo de soja do Brasil foram estimadas em 1,8 milhões de toneladas no ano, 100.000 a mais do que o previsto para abril, e a maior taxa de exportação desde 2008.
Para aumentar a estimativa de exportação, a Abiove reduziu os estoques de óleo de soja, mantendo a estimativa de produção em 9,7 milhões de toneladas e o consumo interno em 7,9 milhões de toneladas. Essa previsão também se refletirá nos preços que elevarão o valor para cerca de R$ 57 milhões de dólares só neste produto.
Como as vendas de óleo de girassol na Europa caíram, o Brasil se tornou uma boa opção para trocar o girassol pela soja.
O Brasil teve uma alta participação na exportação de óleo de soja no passado, mas depois diminuiu, para desviar o excedente para a produção de biodiesel. Este ano, no entanto, o governo está diminuindo a mistura no biodiesel e quer controlar de perto o valor desta commodity.
Dessa forma, a soja deve se manter em alta produção durante todo o 1º semestre, o que deve realmente sustentar a previsão.
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