Apesar do cenário de firmeza para a suinocultura no próximo ano, Santa Catarina ainda enfrenta grande crise no setor. Até o momento, os preços pagos ao produtor acumulam contas amargas.
+ Suínos: último trimestre dá sinais de aquecimento da demanda
Com uma desvalorização no preço pago ao suinocultor, o prejuízo por bicho comercializado já chega a R$ 250,00. A média deste ano é de R$ 6,10, mas o dispêndio já ultrapassa os R$ 7,00. Em setembro, por exemplo, o preço do quilo atingiu R$ 7,74.
Enquanto isso, a comercialização somou R$ 6,20. De convenção com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rústico de Santa Catarina (Epagri), as dificuldades no setor são puxadas por fatores porquê:
- Altos custos;
- Aumento de produção;
- Redução da demanda chinesa.
“Houve um aumento na produção. No ano pretérito nos deparamos com um aumento significativo na produção”, afirma o comentador de socioeconomia da Epagri, Alexandre Giehl. Ele também analisa os outros dois fatores indicados pelo órgão. “A China passou a reduzir sua importação de músculos suína. E um terceiro fator, que é o dispêndio de produção, de manteve-se ressaltado, diferentemente de outros anos, em que a gente não tinha flutuações.”
Suinocultura em SC: parcial de 2022
No amontoado do ano, Santa Catarina exportou 446 milénio toneladas de músculos suína. A receita somou aproximadamente US$ 1 bilhão, subida de 1,9% em quantidade, mas queda de 4,2% em valor na conferência com o mesmo período de 2021. O estado responde por 57% do volume de músculos suína exportada pelo Brasil neste ano, mas o escoamento da músculos no mercado interno ainda é um processo lento, indica o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi.
“Tem uma demanda no mercado interno muito grande e que não é de uma hora para outra que se consegue escoar essa músculos” — Losivânio Luiz de Lorenzi
“Se nós avaliarmos em relação de janeiro a setembro do ano pretérito com nascente ano, perdemos 30 milénio toneladas de exportação. Além do que a produção veio crescente, portanto tem uma demanda no mercado interno muito grande e que não é de uma hora para outra que se consegue escoar essa músculos”, comenta Lorenzi.
Na visão do executivo da ACCS, a situação poderia ser ainda mais negativa. “Só não estamos num momento pior porque, apesar da China ter minguado muito a importação, nós conseguimos evoluir as exportações para mercados já existentes, aumentando os volumes. Das 150 milénio toneladas que deixamos de exportar para China e Hong Kong, outros países absorveram 120 milénio toneladas”, informa Lorenzi.
Perspectiva de retomada
Segundo a Epagri, a produção mais equilibrada, a retomada do consumo da proteína e a franqueza de mercados para exportação podem fazer com que a suinocultura catarinense volte à firmeza a partir do ano que vem. Ou por outra, o fator preço também poderá ajudar na retomada do setor, explica Giehl.
“Se a gente mantiver as exportações positivas ao longo do ano que vem, a tendência é que haja um estabilidade. Começamos a perceber isso de ligeiro nos preços, com uma relativa estagnação nos preços pagos ao produtor. Os preços têm ainda uma flutuação hora pra mais, hora pra menos, mas tem ficado em torno de um patamar médio.”
________
Saiba em primeira mão informações sobre lavoura, pecuária, economia e previsão do tempo. Clique cá e siga o Conduto Rústico no Google News.