Soluções sustentáveis para preparar a terra com fertilizantes
Temos como usar soluções sustentáveis para preparar a terra com fertilizantes e de forma mais econômica?
Como grande consumidor de fertilizantes com mais de 40 milhões de toneladas por ano, principalmente compostos NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), o Brasil é um dos maiores importadores do mundo e o quarto maior consumidor de fertilizantes, ficando atrás apenas da China, Índia e América.
Por conta da grande demanda de importação desses insumos, o Brasil acaba ficando refém de fatores externos que afetam diretamente os preços e, consequentemente, o valor dos produtos cultivados que saem da safra. Em última análise, isso afeta as pessoas e aqueles que cultivam.
As mudanças no dólar americano diante da pandemia e a possibilidade de escassez de fertilizantes devido à guerra da Rússia com a Ucrânia abriram uma janela para alternativas para estimular a produção de fertilizantes por meio da biotecnologia,.
Assim como a telemedicina durante uma pandemia foi uma grande diferencial, a tecnologia pode e deve ser uma nova opção em termos de agronegócios. O uso de micróbios do solo pode ser uma solução prática e rápida que o Brasil precisa.
O uso de biofertilizantes vem sendo implementado no país há vários anos. Por exemplo, em diversas culturas, como café e arroz, tornaram-se protagonistas, transformando o Brasil em líder mundial na produção orgânica.
No cultivo de hortaliças, novas tecnologias agroecológicas também ganham força sob pressão de um grande segmento de consumidores, cada vez mais exigentes por alimentos saudáveis.
Em grãos como na soja, milho e algodão, os produtos biológicos tendem a desempenhar um papel menor e são usados em conjunto com o NPK.
A Embrapa, maior entidade científica ligada ao setor agrícola, iniciou pesquisas para corrigir a deficiência de fósforo em solos brasileiros. No processo, eles descobriram que duas bactérias do gênero “Bacillus” trabalham juntas no solo e nas plantas para aumentar a liberação de fósforo do solo e direcioná-lo para a absorção das plantas.
Durante a safra 2020/21, foram utilizados 1,5 milhão de hectares de micróbios e devem chegar a 4 milhões de hectares em 2021/22.
Nas 238 áreas produtoras de soja analisadas, o ganho líquido foi de 4 sacas/ha.
Além de reduzir custos, alternativas aos fertilizantes sustentáveis são projetadas para manter os solos frescos e bem aproveitados para os nutrientes, fortalecendo as plantas ao longo do ciclo de produção e beneficiando as culturas futuras.
Você percebe que um mundo sustentável é possível, através da utilização dos recursos naturais ou dos excrementos provenientes dele. Bacana, não acha?
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