Plantio da laranja ainda vale a pena?
No Brasil, o plantio da laranja ainda vale a pena? Devemos lembrar, para responder essa questão, que a laranja é, de longe, uma das frutas nacionais mais consumidas pela população.
Acredita-se que a fruta tenha chegado ao Brasil pelos portugueses por volta de 1530.
Eles usaram laranjas ricas em vitamina C para controlar o escorbuto, que matou a tripulação.
Plantio da laranja ainda vale a pena?
O fruto provém da laranjeira, que é uma árvore da família Rutaceae e de grande porte.
As tangerinas vêm de um híbrido de tangerina e cimboa, uma fruta doce e azeda.
Por isso, ainda hoje, é a fruta mais comum no Brasil e faz parte do dia a dia de muitos brasileiros.
Quando as laranjas produzidas no Brasil entraram na pauta de exportação no final da década de 1980, os produtores de frutas ficaram extasiados com os resultados.
É considerado um produto de alta qualidade e recebeu diversos selos de qualidade para exportação, principalmente para o mercado norte-americano.
Mas como está o desempenho e a lucratividade da empresa hoje, deste setor produtivo e importante da agricultura brasileira? Ou seja, o plantio da laranja ainda vale a pena?
Em 2012, o mercado foi duramente atingido por uma safra superamortecida e não havia mercado consumidor para atender às necessidades de produção.
Na época, os citricultores sem ter muita opção deixavam as frutas nos pomares e elas apodreciam, devido a uma superprodução de 83 milhões de caixas e questionando o futuro da atividade no país.
A citricultura parecia estar em sentido contrário às demais culturas agrícolas.
plantação de laranja
Os bons resultados já documentados em campo, através do sucesso de ações como controle das pragas, aumento da produção e manejo da produção de acordo com o clima, melhoraram a produtividade e o desempenho do pomar, mas isso não significava aumento dos lucros.
O Brasil responde por 50% da produção mundial de suco e mais de 95% de sua produção é exportada. Isso significa que nossos melhores produtos não estão disponíveis para nosso consumo. A colheita da laranja virou suco, sobrando 5% da produção.
Os números de 2019 mostram os maiores produtores de laranja do mundo, em ordem decrescente:
1° Brasil
2 º China União Europeia
3° Estados Unidos
4º México
5° Egito
6° África do Sul
Em 2020, as coisas mudaram. O consumo interno e externo está crescendo, e a demanda fez da laranja um bom negócio novamente.
Foi um ano muito bom para os citricultores brasileiros com uma excelente safra, mas eles enfrentam dificuldades significativas na comercialização de seu produto devido à queda no consumo global de suco de laranja demandado pela pandemia.
Atualmente, e há vários anos, o estado de São Paulo figura como o maior produtor mundial de frutas e sucos.
Isso significa que 77% das laranjas e sucos do Brasil são produzidos em São Paulo.
As expectativas para a produção e comercialização de laranjas em 2022 são as melhores.
Dada a baixa produção inicial da safra 22/23, a perspectiva é de alta demanda industrial para reposição de estoques.
Essa expectativa começou a se refletir em preços firmes nas últimas semanas, quando as caixas de laranja industrial ainda estavam com preços competitivos no mercado.
O preço de venda da fruta fresca deixa os produtores satisfeitos com o desempenho da fruta.
Nos EUA e na Europa, a produção de laranja na safra 21/22 também deve cair devido ao mau tempo.
México e Turquia, países importantes no mundo citrícola, aumentarão suas colheitas em 15% e 40% respectivamente nesta temporada, o que aumentará sua participação no mercado global de suco de laranja.
No Brasil, espera-se uma safra abundante para compensar as reduções significativas observadas nas duas safras anteriores.
As chuvas no cinturão cítrico são favoráveis à floração e frutificação, mas ainda é cedo para dizer se reverterão os efeitos da estiagem prolongada em 2020 e 2021.
A safra paulista está atrasada e pode baixa demanda da frutas no mercado interno nos 3 primeiros meses do anos.
Apesar dos preços satisfatórios, os baixos rendimentos das safras passadas afetaram a lucratividade dos produtores, segundo a assessoria de especialistas do agronegócio.
Com isso, os citricultores devem optar por investir em pomares existentes ao invés de expandir ou formar novas áreas de cultivo.
Os investimentos na implantação de sistemas de irrigação e energia fotovoltaica devem ser analisados, especialmente neste momento, para reduzir os riscos climáticos iminentes e contínuos que estão impactando severamente a produção nas principais áreas produtoras de citros.
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