A Arara Azul é a mais rara do mundo
A arara-azul ou Arara spix é a ave mais rara do mundo, com um número de exemplares não muito preciso atualmente. Estima-se cerca de 240 vivendo em cativeiros no país. A arara-azul é endêmica do Brasil e possui distribuição restrita, o que significa que é encontrada apenas em algumas pequenas áreas do país. A ave está criticamente ameaçada e sua população está diminuindo devido ao desmatamento e ao comércio ilegal de animais de estimação.
A Arara Azul é a mais rara do mundo
É uma ave grande, com cerca de 80 cm de comprimento e uma envergadura superior a 1 metro. A plumagem é azul e amarela, com uma faixa amarela característica no olho.
Como a arara azul é protegida?
A Arara Azul é uma espécie protegida e está listada no Apêndice I da CITES. Isso significa que o comércio internacional desta ave é proibido. As principais ameaças à arara-azul são a perda de habitat, a caça e o comércio ilegal.
O que é a CITES?
CITES, ou a Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens, é um tratado entre governos que visa regular o comércio internacional de plantas e animais ameaçados de extinção. Foi assinado em 1973 e atualmente conta com 183 países membros.
Os animais listados no Apêndice I da CITES são considerados os mais ameaçados e o comércio internacional desses animais é ilegal, com poucas exceções. A arara-azul é uma ave listada no Apêndice I da CITES. A arara-azul é a ave mais rara do mundo, com apenas cerca de 150 exemplares em estado selvagem.
Fundação atua para preservar espécie
Acreditava-se que a arara-azul estava extinta até que uma pequena população foi descoberta no pantanal. Após essa descoberta, esforços de conservação foram feitos para ajudar a proteger as aves e seu habitat.
Um trabalho em conjunto da Fundação Arara Azul com a WWF-Brasil (Fundo Mundial para a Vida Selvagem) catalogou as aves e montaram ninhos artificiais para auxiliar na reprodução natural das aves.
A parceria foi de 1998/2008 e aumentou a população nativa no pantanal para 5 mil exemplares na natureza, na época, segundo a agência WWF-Brasil. A parceria não existe mais.
Desde então, a população na região aumentou bastante, mas não o suficiente para retirar o animal da lista de ameaçados de extinção.
Reprodução assistida ajudando a salvar a arara azul
A arara-azul é a mais rara do mundo. A ave está atualmente sendo auxiliada no processo de reprodução assistida, em cativeiros controlados e já houve progressos em sua reprodução.
O programa também levou ao nascimento de filhotes nascidos em cativeiro, que podem ser soltos na natureza quando tiverem idade suficiente. O casal de pais foi repatriardo da Alemanha em 2020 e dois filhotes nasceram fortes e saudáveis.
O processo de reprodução só foi possível graças aos esforços do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio) e a ACTP (Association for the Conservation of Threatend Parrots), que reuniram aves que detinha grande número de exemplares em cativeiro. Aqui no Brasil as aves foram agrupadas em casais, e já nasceram 18 filhotes, segundo fontes da Agência Brasil.
A intenção é devolver os filhotes ao habitat natural, mas monitorados, em Minas Gerais e na Bahia. Todo o trabalho de reintrodução e assistência para os filhotes será fornecida pela “Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul”, instituição criada em 2018, após o acordo das duas associação citadas acima, para tratar das aves nascidas desse lote, ainda segundo a Agência Brasil.
Como o comércio ilegal está prejudicando a ave
A arara-spix é uma das aves mais únicas e belas do mundo, e seu destino está em perigo devido à perda de habitat, caça furtiva e doenças.
O comércio ilegal prejudica a espécie, pois colecionadores pagam fortunas por um exemplar da Arara, impactando no número de aves nativas, como também andando na contramão dos que lutam para manter a espécie viva.
Ela já foi declarada extinta, mas esforços nacionais e internacionais estão sendo feitos para continuar o processo de reprodução e reintrodução dos filhotes na natureza.
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