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DF mostra vocação para ser vitrine tecnológica do agro

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    “Apesar do nosso quadrilátero ser pequeno, nós temos no Distrito Federal algumas atividades que são expoentes para o País.” A declaração é do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape), Fernando Cesar Ribeiro. Em entrevista ao Canal Rural, ele falou do papel e da presença do DF no cenário do Agro nacional. De acordo com o presidente da Fape, o DF tem uma alta produtividade e pode se tornar um grande potencial agropecuário.

    “Hoje as maiores produtividade de milho, soja e trigo. Ninguém imaginava uns anos atrás que no cerrado poderíamos plantar trigo, e hoje é uma das maiores produtividade aqui no Distrito Federal e nos seus arredores. Então Brasília tem a sua potencialidade agropecuária muito forte”, completou.

    Segundo Fernando a produtividade na capital, com os resultados acima e outros mais, só é possível devido à tecnologia, que, vem colocando o DF em destaque.

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    “Nós temos cinco grandes centros de pesquisas da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O que acaba ajudando bastante os produtores, pois os seus testes em várias culturas estão sendo realizados aqui. Como foi o próprio trigo. Então nós temos várias culturas tendo sua potencialidade sendo crescida aqui no nosso Cerrado”, acrescentou.

    No Distrito Federal, existem hoje, cinco centros de pesquisa da Embrapa, que são a Embrapa Agroenergia, Embrapa Café, Embrapa Cerrados, Embrapa Recursos, Genéticos e Biotecnologia e Embrapa Hortaliças.

    Pequi sem espinho vendido pela Emater-GO e Embrapa Cerrados

    Produção de uva

    A produção de uvas no cerrado brasiliense, fora da área de clima mais frio, de onde a planta é endêmica, tem as suas vantagens. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), atualmente são 40 produtores de uva espalhados por todo o DF e mais de 74 mil hectares plantados da fruta. Isso significa um aumento de 100% no número de produtores e de 60% no tamanho da área cultivada, nos últimos quatro anos. Fernando aposta na produção e declara que o DF pode ser referência na produção de vinho.

    “Pela sua particularidade de ter uma variação térmica muito grande, de dia calor e de noite é frio, principalmente na época do inverno. Então você tem essas condições ambientais que permite ter a uva tem um excelente de qualidade para produção de vinho. Dez produtores se uniram e estão montando a vinícola Brasília. A ideia é fazer vinho aqui no Planalto Central vinhos que se destacam na qualidade”, confirma.

    Pé de uva

    Foto: Carolina Mazzaro/Ascom Emater-DF

    Orgânicos

    O Planalto Central também se destaca na produção de orgânicos. De acordo com a Emater-DF a tendência vem desde 2016 e, nos últimos 5 anos, registrou-se o crescimento de 528% no setor. No ano de 2021 a área de cultivo chegou a 696 hectares, 2.190 produtores estão na atividade e a diversidade de produtos subiu para 94.

    “Hoje Brasília é considerada a capital do orgânico. Nós temos um grande consumo de orgânicos aqui. Nós temos grandes fazendas desses produtos. Eu acho que isso é uma uma grande vocação do Distrito Federal, vocação de ser vitrine tecnológica para os outros estados”, finalizou Fernando.

    Orgânico Orgânicos mercado supermercado

    Foto: Fábio Santos/Canal Rural

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