Couro falso: Faux-Pas vegano ou aumentar a conscientização?

Desde que me tornei vegana há mais de 6 anos, tenho tido um diálogo interno contínuo sobre como me sinto ao usar roupas de couro sintético e peles artificiais. Sapatos e bolsas são uma coisa, porque é principalmente o que está por aí, mas roupas de couro falso e peles artificiais sempre foram um bicho-papão para mim.

Por um lado, penso neles como opções de carne falsa – para algumas pessoas, eles podem ser uma ótima ponte para um estilo de vida vegano e, para outros, adicionam variedade sem contribuir para o sofrimento dos animais. Ambas as coisas boas. Por outro lado, no entanto, se eles se parecem com a coisa real, então o que impede as pessoas de pensarem que o que você está vestindo é de animais (a menos que você tenha uma conversa com cada pessoa que o vê, o que é improvável, cansativo, e provavelmente impossível) contribuindo indiretamente para a crença de que não há problema em usar animais. Ufa… é muito a considerar.

Então, algo aconteceu! Encontrei uma fabulosa jaqueta amarela de couro falso na minha loja de consignação favorita. Era adorável – divertido, brilhante, confortável e poderia adicionar um grande chute ao meu guarda-roupa casual. Mas hesitei – tive que pesar minhas preocupações. Eu usaria ou ficaria apenas no meu armário?

Decidi que, como era amarelo, parecia menos “real” do que marrom ou preto (pelo menos para mim). Além disso, eu fui atraído por isso, então aqui estava minha chance de experimentar e colocar meu desconforto à prova. Também gostei da ideia de que, por ser de uma loja de consignação, não gastei muito, então, se não me sentisse bem, poderia facilmente re-consignar ou doar. E, claro, eu poderia determinar quando e com quem eu iria usá-lo, e isso poderia apaziguar algumas das minhas preocupações sobre ser confundido com o uso de couro real.

Então, na semana seguinte, usei-o em um workshop e aconteceu uma coisa interessante. No intervalo, duas das mulheres vieram até mim e perguntaram se podiam tocar minha jaqueta. Eles sabiam que eu era vegano, então ficaram curiosos – se eu escorreguei e usei a coisa real ou se era falso, como se sentiu em comparação com o couro animal?

Cada um deles exclamou sobre o quão grande parecia, quão macio era e sua curiosidade foi satisfeita. O couro sintético não precisava parecer plástico ou ser rígido e desconfortável. Abriu os olhos para uma nova possibilidade. E, ele abriu o meu para um, também.

Será que usar couro sintético ou peles artificiais estrategicamente poderia realmente promover a causa do curativo livre de crueldade? Uau, como é legal isso! Uma das preocupações que muitas mulheres têm é que tornar-se vegana limitará significativamente suas escolhas (quando muitas vezes sentem que suas escolhas já estão comprometidas) e que o que lhes resta para escolher não será atraente. Quem quer isso! Esta experiência foi um passo na direção certa – fornecendo informações valiosas de um vegano e perspectiva de estilo.

Embora duvide que vá encher meu guarda-roupa com roupas de couro e peles artificiais, descobri que ocasionalmente essas opções podem preencher um propósito útil (além de simplesmente fazer uma declaração de moda) e isso me deixa (e animais em todos os lugares) muito feliz!

Repolho de Gengibre é um orador notável e líder no campo da moda e estilo nos últimos 24 anos, a compreensão hábil de Ginger sobre tendências de beleza e moda foi celebrada pela Fox TV News, MORE Magazine.com, Bloomberg Business Week e Forbes Magazine. Em 2005, ela se tornou vegana e olhou para o mundo da moda e do estilo com novos olhos. Buscando eliminar toda crueldade em seu armário (e encorajar outras pessoas a fazerem o mesmo), Ginger decidiu provar que ser vegana e fashion não são mutuamente exclusivas. Ela foi posteriormente reconhecida pela VegNews Magazine como uma das “25 Vegetarianas Mais Fascinantes” do mundo por seu trabalho inovador e inovador como consultor de imagem vegano.

Fonte da imagem: eyeliam/Flickr