O movimento cooperativista brasileiro quer chegar a R$ 1 trilhão de faturamento e 30 milhões de cooperados até 2027. O número foi divulgado na última segunda-feira (24), durante a live “Economia e Cooperativismo”, realizada pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
“Nós vamos gerar prosperidade para o nosso Brasil, para a nossa gente, em pelo menos R$ 1 trilhão até 2027. Nós vamos fazer isso porque nós nos planejamos para isso’’- Marcio Lopes de Freitas, presidente da OCB.
Segundo o último levantamento da OCB, o faturamento das cooperativas brasileiras em 2021 foi de R$ 524,8 bilhões. Atualmente, o segmento conta com 18,8 milhões de associados.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou do evento, e destacou a importância do crescimento do movimento cooperativista para o país.
“É o caminho da prosperidade porque são as duas dimensões, a dimensão econômica e a dimensão social. Dimensão econômica pela força do movimento. A dimensão social porque o nosso grande sonho é ser uma economia de mercado com uma classe média forte, e o cooperativismo é a expressão desse desejo nosso” – Paulo Guedes.
Geração de emprego
No que diz respeito ao agronegócio, segundo o anuário do cooperativismo de 2022, o segmento somou 1,17 mil cooperativas em 2021. Com mais de um milhão de cooperados, o setor gerou 239 mil empregos diretos e faturou R$ 358 bilhões no ano passado.
Só no Distrito Federal conta com nove cooperativas ligadas ao agro; juntas, elas possuem mais de mil cooperados e perto de 250 empregados.
Distrito Federal
Uma delas é a cooperativa agropecuária da região do Distrito Federal, a Coopa-DF. Com aproximadamente 200 cooperados do DF, Goiás e Minas Gerais, a cooperativa tem se tornado referência em produtividade e qualidade de grãos. No ano passado, o faturamento chegou a R$ 300 milhões.
“A gente tem um público consumidor muito grande. Em Brasília, são milhões de pessoas, são consumidores, são pessoas que todos os dias tomam café, almoçam e jantam e nós estamos produzindo o que essas pessoas consomem todo dia”, destaca o presidente da Coopa-DF, José Guilherme Brenner.
Segundo o presidente, a estimativa para este ano é um crescimento de 13%, aproximadamente 340 milhões. Mas, na avaliação dele, o maior legado do movimento cooperativista é o social.
“A Coopa-DF tem um faturamento que está sempre crescendo, hoje em dia são mais de 300 milhões. Mas, na verdade, a cooperativa trabalha para o produtor. Ela busca fazer essa comercialização, o repasse para o produtor e ela é uma empresa que não tem muito essa finalidade lucrativa. O que não quer dizer que não tenha que ser eficiente, mas a finalidade principal da cooperativa é servir o associado”, concluiu o presidente.
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